O Gaúcho

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A ORIGEM DO GAÚCHO

O gaúcho é o nome dado aos nascidos no Rio Grande do Sul, ao tipo característico da campanha, ao homem que vive no campo, na região dos pampas. Até a metade do século XIX, o termo gaúcho era usado de forma pejorativa, sendo dirigido aos aventureiros, ladrões de gado e malfeitores que viviam nos campos.
Resultado da miscigenação entre o índio, o espanhol e o português, o gaúcho, por viver no campo cuidando do gado, adquiriu habilidades de cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira, aspectos que perfazem a tradição gaúcha. Sem patrão e sem lei, o gaúcho foi, inicialmente, nômade. Com o passar dos tempos, a partir do estabelecimento das fazendas de gado e com a modificação da estrutura de trabalho, foram alterados os seus costumes, tanto no trajar quanto na alimentação. Mais tarde, já integrado à sociedade rural como trabalhador especializado, passou a ser o peão das estâncias.
Atuando como instrumento de fixação portuguesa no Brasil Meridional, o gaúcho contribuiu para a defesa das fronteiras com as Regiões Platinas, participando ativamente da vida política do país. A partir disso, o reconhecimento de sua habilidade campeira e de sua bravura na guerra fizeram com que o termo "gaúcho" perdesse a conotação pejorativa. Após a Revolução Farroupilha, o gaúcho passou a ser considerado sinônimo de homem digno, bravo, destemido e patriota.
O gaúcho é definido pela literatura como um indivíduo altivo, irreverente e guerreiro. Às suas raízes, somaram-se as culturas negra, alemã e italiana, e de tantos outros povos que vieram construir, no Rio Grande do Sul, uma vida melhor.
O povo gaúcho valoriza muito sua história e costuma exaltar a coragem e a bravura de seus antepassados, expressando, por meio de suas tradições, seu apego à terra e seu amor à liberdade.

Fonte:Secretaria de Estado da Cultura. http://www.sedac.rs.gov.br/internas.php?inc=origem

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Horizontais: 4. Lenda gaúcha que fala de um escravo que morreu maltratado. 5. Cinto largo de couro macio, com bolsos para guardar dinheiro e pequenos objetos. 6. Cordão cujas pontas prendem-se ao chapéu, para mantê-lo firme na cabeça do gaúcho. 8. Bebida e mate cevado sem açúcar. 9. Antiga dança sapateada, executada ao som da viola. 10. Protege o gaúcho do sol, normalmente é preso pelo barbicacho. 11. É o poncho leve, com franjas nas pontas. 13. Semelhante a uma calça, fica amarrada na cintura.

Verticais: 1. Instrumento para prender animais, formado de três pedras redondas cobertas com couro e ligadas entre si por cordas trançadas. 2. Capa de lã com uma abertura no centro, por onde passa a cabeça, serve de abrigo para o frio. 3. Espécie de avental de couro macio usado na cintura, do lado esquerdo, para proteger a bombacha nos trabalhos do campo. 6. Calça larga, fofa, presa por botões acima dos tornozelos. 7. Na língua tupi significa "cobra de fogo". 11. Como é chamado o cavalo pelos gaúchos. 12. Dobrado na forma e triângulo e atado com um nó especial.

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Negrinho do Pastoreio

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O folclore do Rio Grande do Sul é cheio de lendas que marcaram a imaginaçãoo dos gaúchos. Uma das mais conhecidas é a do Negrinho do Pastoreio.O Negrinho do Pastoreio é uma lenda afro-cristã, muito contada no final do século XIX pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão.

Assista clicando abaixo a uma animação que conta, através de uma música, a lenda do Negrinho do Pastoreio:

Havia um muito cruel para os escravos e para a peonada. Uma vez, comprou ele uma boa quantidade de . Para pastorear esse gado ele mandou um de uns catorze a dezesseis anos. Quando chegava o , o negrinho trazia o gado do pastoreio e o prendia no curral, depois que os animais eram contados pelo estancieiro. Um dia, na contagem, ele deu falta de um novilho e, sem mais demora, deu uma surra no negrinho com grosso e pesado relho, deixando-lhe o corpo todo . E depois, disse-lhe:
- Encontre o novilho ou verás o que te acontece!
Ao ouvir a ordem do senhor, o negrinho partiu à procura do novilho. Não demorou muito para vê-lo pastando em uma . Aproximou-se e conseguiu laçá-lo, porém o animal rodopiou tanto que partiu o laço, saindo em disparada.
Muito triste, o negrinho voltou para a e contou tudo para o seu senhor. Este amarrou-lhe os pés e as mãos e, depois de bater muito, deitou-o sobre um . No dia seguinte, ao procurarem o negrinho, os peões viram uma nuvem erguendo-se com o negrinho e desaparecendo no céu.
Desde essa época, os camponeses consideraram o negrinho como um e começaram a pedir favores. E ficou entre eles esse costume: quando perdem qualquer coisa, prometem logo ao Negrinho do Pastoreio. Quando encontram o objeto , acendem as velas que prometeram ao santo crioulinho.

(Adaptado de João Cezimbra Jacques)

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